Localização São Paulo, São Paulo, Brasil

Área 300 m2

Ano do Projeto 2017 (NE)

Equipe
Arthur Felipe Brizola
Franco Luiz Faust
Gabriel Zem Schneider
João Gabriel Küster Cordeiro
Lucas Aguillera e Shinyashiki
Rafael Santos Ferraz
Thiago Augustus Prenholato Alves 

 

 

 

 

 

ESCRITÓRIO PACAEMBÚ

Se pudéssemos descrever o bairro do Pacaembú em São Paulo, certamente o colocaríamos como um grande oásis em meio à paisagem de concreto da cidade. Um bairro tombado pelo Conselho de defesa do patrimônio do estado, concebido para ser uma grande cidade-jardim que ainda hoje mantem características de arborização e permeabilidade praticamente inexistentes em outros bairros paulistanos.

O bairro localiza-se em um grande vale, batizado do original tupi-guarani como "terras alagadas", que permite a construção de uma paisagem única na Cidade, principalmente quando se refere a um bairro estritamente residencial.

A casa original, existente no lote se desenvolve no sentido longitudinal do terreno, em três pavimentos cujas paredes acompanham a morfologia inclinada deste terreno, com um declive de aproximadamente 3 metros em relação à rua e mais 6 metros aproximados em relação ao platô terreno dos fundos. Tal característica transforma a casa em um grande mirante para o horizonte de São Paulo com um plano de fundo composto pela Serra da Cantareira.

O reúso adaptativo proposto parte do princípio de reduzir a área de "casa" para aumentar o espaço de "escritórios", sendo estes localizados agora nos dois pavimentos superiores e quartos relocados ao subsolo com acesso ao jardim inferior.

Todos os ambientes se conectam com a paisagem da cidade através de grandes painéis metálicos deslizantes com fechamento em vidro transparente, configurando os pavimentos de escritórios como grandes observatórios para a paisagem paulistana, bem como um grande terraço jardim que abrigará também a infraestrutura da casa-escritório.

Para tanto, se faz necessária a adaptação estrutural da casa, que ocorre com a utilização de um esqueleto de aço, externo à edificação, que suporta a nova laje de cobertura do jardim superior, as novas varandas adicionadas aos fundos da casa e a escada metálica helicoidal de acesso à cobertura, que assume um estado quase escultural na fachada posterior da casa.